domingo, 6 de fevereiro de 2011

JANELAS DO MUNDO


Da minha casa vigio atenta o tamanho do mar
e é sempre imenso o manto branco de que se encobre
como se se fizesse num vestido de noiva ondeante
e despertasse vontade de mergulhar dentro do seu corpo -
de amor de pétalas de flores de arroz  - de passado
em que o mar certamente és tu  - és tu o tamanho líquido
de tudo o que vejo tacteio ou pressinto intimamente afora
os outros não existem senão como apontamento do nosso
amor molhado abençoado por ti que me inundas de eternidade.


Da minha casa vigio atenta o tamanho do mar - e és tu
és tu que chegas a rebentar alto na única onda iluminada.


in Surto de escrita

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