quinta-feira, 15 de julho de 2010

A ESCRITA PARA BARTHES



Barthes , por uma metamorfose mútua da escrita em leitura e da leitura em escrita, define esta, simultaneamentte, como «uma fala criada» e uma «fala recebida», em que o outro é ao mesmo tempo objecto e sujeito do desejo de escrever: «a escrita é com efeito, a todos os níveis, a fala do outro, e pode ver-se nesta inversão paradoxal o verdadeiro«dom» do escritor». A relação com o outro implicada pela escrita é assim, originariamente, uma relação erótica: «não há um significado primeiro para a obra literária que não seja um certo desejo: escrever é um modo de Eros».

1 comentário:

Anabela disse...

Amiguinha
Adorei a metáfora! Concordo perfeitamente que esta duplicidade entre a pessoa e o escritor seja uma relação tão forte que possa ser comparável à de uma relação erótica...
Boa... muito boa ideia...Beijos