domingo, 31 de janeiro de 2010

o escafandro e a borboleta

                                         Jean-Dominique Bauby, O escafandro e a borboleta, Livros do Brasil, 1999.

Ana Bela Ana,
fiquei muito feliz quando abri a porta do nosso blogue e vi que arranjaste tão bem a nossa entrada...O
quadro de Vieira da Silva concede-nos arte q.b. para ficarmos felizes neste sítio. Que bela surpresa teres conseguido compor tudo o que eu estraguei desastradamente! Mil obrigadas amiga!

Deixo-te o sítio do trailler deste belíssimo filme que vi hoje e nos lembra que a imaginação pode superar quase tudo. Este filme francês foi filmado numa perspectiva nova, fazendo-nos sentir que somos nós próprios a personagem principal, Jean-Dominique Bauby, pois é a nossa visão a própria câmara. Vemos todas as terceiras pessoas, todo o enquadramento cénico com o olho (o único que escapou ao AVC que ele sofreu) de Jean. Aos poucos, esta personagem vai-nos mostrando tudo o que lhe restou - a memória de um passado que amava e que lhe escapa como cinzas. Resta-lhe a esperança de escrever um livro sobre ele próprio (um escafandro onde ele se sentia aprisionado) e a borboleta (o seu espírito livre e imaginativo). É realmente um filme diferente que valeu a pena ver.
"Jean-Dominique Bauby, nascido em 1952, pai de dois filhos, era redactor-chefe da revista francesa Elle quando foi vítima de um locked-in syndrome, uma doença rara, que o deixou lúcido intelectualmente, mas paralisado por completo, só podendo respirar e comer por meios artificiais e mover o olho esquerdo.

Com este olho piscava uma vez para dizer sim e duas vezes para dizer não. Com ele chamava também a atenção do seu visitante para as letras do alfabeto, formando palavras, frases, páginas inteiras. Assim escreveu este livro: todas as manhãs, durante semanas, decorou as suas páginas antes de ditá-las, depois de as ter corrigido mentalmente durante a noite.(...) Bauby faleceu a 9 de Março de 1997, mas deixou este seu testemunho impressionante, bem escrito, e melhor traduzido, do que é ter um intelecto vivo dentro de um corpo morto."



http://www.youtube.com/watch?v=N4yY1yedPEc


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